Publisher's Synopsis
Criação, expurgo, vômito, catarse, parto, agonia, desabafo, alçar vôo, expressão, ereção, alegria, fantasia, algo a se pensar, sentir, evitar, doar, ler, querer? Tudo isso é poesia segundo a autora. Ora escreve porque não sabe se explicar (Ser e poetizar), ora sua poesia transita entre o grito de manifesto ( Manifesto) e o que lhe resta em ruínas dos enfrentamentos existenciais (Composição). Também se posiciona como mulher, diante do amor dos homens, com intensa entrega e a dose adequada de desforra e ironia - "só esqueça, sempre, quem sou eu" (Do querer) ou "me vejo presa em tão pouca água" (Ri, o rio). A autora, com uma criatividade lingüística que lhe é original, na forma da conjugação verbal, busca o caminho na mudança das relações de gênero, entre a fala e o falo, entre eu e ele, entre nós e eles. A linguagem, com suas formas de expressão, ganha um livro para se arriscar em leituras de tabelas poéticas (Ter meninos), riqueza de duplos sentidos e composições de imagens em movimento. No final, tudo acaba em despedidas, engarrafamentos e a perda do sentido, onde o ciclo da autora volta para "reinventar" sentidos, verbo que se repete em seus versos. Ela envolve temas bem diversos como amor, aceitação, existencialismo, política, trabalho, poesia, carnaval, filhos... BOA LEITURA!Líllian Pacheco, poeta e educadora