Publisher's Synopsis
Maria do Sameiro Barroso é uma das vozes mais perturbantes da poesia contempoânea portuguesa, dada às pulsões, aos sentidos, ao belo e à procura. Neste livro, leitor poderá fruir esta poesia definida, desta forma, por Joaquim Montezuma de Carvalho: os poemas de seu corpo são um só corpo de poema, aquele Poema sempre reescrito ou reelaborado. A sua feição é próxima do surrealismo (ou melhor, a vocação do subconsciente ou oculto a que se dá liberdade no lúdico da linguagem), mas também é inovadora, pois o seu mundo daqui não é só daqui mas, sobretudo, um efeito cósmico do Todo. O que dá força à sua poesia de movimento é a união de todos os entes. Tudo está falando, actuando, reclamando nossa língua para lhes dar a expressão, nos entes silenciosa. O mundo como que reclama do Poeta essa transplantação no espelho da língua.