Publisher's Synopsis
A promessa é uma peça de teatro em formato de fantasia regional abarcando duas realidades - a da Região dos Açores e da ilha Terceira e a das múltiplas significações que o terceiro acto comporta. Tentando esboçar um significado global da obra, podemos dizer que estamos perante uma peça de teatro que dá largas à imaginação, sem se afastar muito do mundo real da região que retrata, mas lhe dá uma dimensão própria e original unificando diversas tendências e tradições teatrais. No primeiro acto, o clima geral é leve e desanuviado perpassado por conflitos menores sem grande intensidade dramática. No segundo acto, o clima de dramatismo adensa-se e terá a sua manifestação em dois problemas intensamente vividos na comunidade açoriana nos anos 60 - data da feitura da peça e das suas primeiras representações - a guerra de África e a emigração. O terceiro acto é uma tragédia simbólica. Tragédia porquê? Porque se trata de um conflito surgido e alimentado por situações e percalços que tendem para um final inexorável e que escapa às simples decisões individuais e livres. Simbólica porquê? Porque não se passa no domínio das realidades concretas e imediatas da vida, mas se expressa por sinais e signos que remetem para uma outra significação. O último acto pode se dividir-se em dois tempos diferentes. Antes da chegada da Albertina e que é entretecido com as peripécias à volta do bezerro do Espírito Santo e a preparação para o "pésinho". Depois da chegada da Albertina, em que a alegria completa invade o palco e o enche de canções de júbilo ou facetas (os meninos e meninas da Vila).