Publisher's Synopsis
(a5, 130 p.) - O livro, de forma epistemologicamente fundamentada, consiste em esboçar uma visão crítica ao pensamento de Descartes e, na mesma via, mostrar que a sua filosofia, ao buscar matematizar não somente a natureza e a sociedade, mas também a vida, etc. (a fim de prever para prover), instituiu, enquanto princípio social e/ou conteúdo ético-pedagógico, principalmente das instituições ditas educativas, a primazia da ideia sobre a matéria e/ou da razão sobre os sentimentos, fazendo do homem um ser desalmado, uma espécie de corpo-máquina, um ser especialista na arte racional da dissimulação, um ser dado à automação (pelo uso metódico da razão), uma aberração, isto é, um ser, entre muitas outras coisas, capaz de: 1-Amar sem amor;2-Fazer sexo sem vontade; 3-Fazer sexo sem amor e, até mesmo, sozinho;4-Viver só para trabalhar (e não trabalhar para viver);5-Trabalhar só pelo dinheiro;6-Se alimentar sem estar com fome;7-Confundir necessidade com vontade;8-Não falar o que é verdadeiro, mas somente o que faz sentido e/ou que é lógico, visando sempre alcançar algum benefício;9-Colocar a produtividade no lugar da atividade;10-Usar as suas emoções, a serviço da razão, para dissimular, ludibriar e alcançar seus objetivos;11-Ser conscientemente um desalmado (tendo isso como um valor).