Publisher's Synopsis
Talvez o aspecto mais intrigante da antiga civilização egípcia seja sua concepção a partir do zero, uma vez que os antigos egípcios não tiveram acesso à nenhuma civilização prévia que pudessem utilizar como referência. Na verdade, o Antigo Egito tornou-se um modelo para as civilizações seguintes. Os gregos e os romanos ficaram tão impressionados com a cultura egípcia que, muitas vezes, atribuíam de maneira errônea muitas características da própria cultura aos egípcios. Com isto dito, alguns elementos da antiga cultura egípcia foram, de fato, transferidos para civilizações posteriores. A estatuária egípcia parece ter, inicialmente, influenciado a versão grega, e a língua egípcia antiga sobreviveu como língua copta por muito tempo após o período faraônico. Embora os egípcios possam não ter passado sua cultura diretamente a povos posteriores, elementos-chave que compunham a civilização egípcia, incluindo religião, ideias iniciais de estado, arte e arquitetura, podem ser encontrados em outras civilizações. Por exemplo, civilizações bastante separadas no tempo e espaço, como China e Mesoamérica, possuíam elementos-chave semelhantes aos encontrados no Antigo Egito. Sem dúvida, já que a civilização egípcia representa conceitos humanos fundamentais, um estudo de sua cultura pode ser muito útil para compreender diversas outras culturas pré-modernas. Para os antigos egípcios, como em qualquer sociedade composta por humanos curiosos, o mundo era um lugar confuso e muitas vezes assustador, repleto de destruição, morte e fenômenos inexplicáveis. A fim de encontrar o sentido de tal existência, eles recorreram às histórias teleológicas. Criar uma explicação para um fenômeno, deixava-o menos horripilante e ajudava a dar sentido ao mundo que os rodeava. Não surpreende, portanto, que antigos deuses egípcios tenham se infiltrado em todas as particularidades da existência. Dada a abundância de artefatos funerários encontrados nas areias do Egito pode-se, às vezes, parecer que os antigos egípcios estavam mais preocupados com questões da vida pós-morte do que com a vida que levavam diariamente. Isso é enfatizado pelas pirâmides que capturam a imaginação do mundo há séculos. O nome de Rá era praticamente onipresente nos textos egípcios antigos, a tal ponto que muitas pessoas hoje se depararam com ele em aulas de história. Amun-Ra, Atum-Ra e Ra-Harakhti têm sido usados no cinema e na literatura modernos há décadas, mas isolar "Rá" como um único personagem, apesar de toda sua preeminência no conceito da mitologia egípcia, é frustrantemente difícil. Pessoas familiarizadas com a mitologia egípcia conhecem Rá como o deus-sol, isso parece explicar a centralidade de Rá na religião egípcia antiga, mas há muitas mais questões envolvidas no fato dele ser tido como uma entidade solar do que uma simples manifestação do fenômeno diário e inspirador para os primeiros humanos. Rá foi rei e tirano, amante e amigo. É somente através da compreensão dessa divindade que, hoje, as pessoas podem apreciar plenamente a riqueza de seu caráter e dos papéis que desempenhou no pensamento religioso do Egito Antigo. Rá A História e Legado do Antigo Deus Egípcio do Sol analisa o deus que teve impacto decisivo sobre os conceitos de vida dos egípcios. Junto com fotos que retratam pessoas, lugares e eventos importantes, você aprenderá sobre Rá como nunca antes.